segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Just Moments...


Existem momentos como este em que ser forte não é suficiente para esconder a tristeza que me invade a alma, não faz falta esconder, porque sentir é nobre, ainda que não possa fazer muito para que essa energia mude.

É um estado de espírito que tenho de aceitar e aprender a respeitar como outro, existem dias ou fases assim, faz parte do meu eu em construção...

Mas desta feita sei que vou ter de mergulhar fundo neste estado para depois imergir mais forte, eu dei as cartas enquanto pude, mas a jogada seguinte, foi da vida e deixou-me aqui, a questionar os porquês!

Ainda que não esteja completamente em paz com o discurso, estou consciente da verdade, da que vivo, da que sinto… Por vezes acho que ando à deriva sem rumo, ando às voltas e estou sempre no mesmo lugar, os meses passam e estou cada vez mais submersa neste sentimento de pertença a algo que não é meu, nunca foi e ainda assim envolve e me transcende!

Talvez seja a contaminação da minha postura positiva, que me mantém refém desta condição, quero me desprender, mas não é mental, não há um botão Off, ainda que a verdade esteja aqui diante dos meus olhos, sempre esteve, o coração teima em não mudar a rotação e sinto-me traída por mim, porque sou cruel comigo, quando digo que não faz mal.

Abri as mãos e deixei voar, os sonhos da menina e dei vida à vontade de ser luz na sua vida, ser uma memória doce e eterna, ao invés de luta amarga de dúvida e eternas questões.
Podia ter ficado e lutado, questiono-me… Não, claro que não! Não havia espaço, nem tempo, o “nós” não era real, era um sonho desejado, mas sem corpo, sem alma…

O desejo de o viver foi tão intenso que por momentos surgiu uma miragem de um oásis num deserto emocional, mas depois ficou o vazio de um desejo vão, sem estrutura, sem morada, um acordar nulo de amanhã… Fiquei ancorada ao desejo de Amar sem destinatário, hoje sinto frio, está escuro e dói, porque não sei voltar atrás, para a frente estou sozinha e tenho medo de voltar a sonhar sozinha ou pior, não sonhar de todo!

Quantas vezes posso errar? Será que errei? Não sei as respostas, acredito, que essas respostas nem existem! Vivi como sabia, como sentia e dei na minha humilde verdade!

Quando se sente não há certo ou errado, apenas se dá o que se têm, tudo o que dei foi sentido e não retiro, nem abrevio um segundo e ainda que agora esteja no vazio, onde estive foi imenso, intenso e foi doce… Amanhã será… Não sei o que será, mas vou viver e dar espaço ao que a vida que me quiser ofertar!

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